data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)
Após o governador do Estado, Eduardo Leite (PSDB), flexibilizar o decreto que possibilita uma reabertura do comércio - exceto a Região Metropolitana e, em parte, da Serra -, o chefe do Piratini deixou facultativo aos demais prefeitos, na condição de gestores locais, como proceder junto aos seus municípios.
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Obviamente que todos precisam observar as recomendações técnicas da Secretaria Estadual de Saúde. Mas o passo que o empresariado tanto aguardava foi dado: a economia voltou à pauta e precisa, mais do que nunca, ser tratada com a mesma atenção da saúde.
RETOMADA
O remédio, com os decretos (tanto do Estado quanto o dos municípios, a exemplo de Santa Maria), não pode matar o paciente. E o governador, sabedor disso, lançou mão no tempo certo de medidas que dessem um recado geral à sociedade: o momento e o enfoque se dão no sentido de preparar e organizar, minimamente, o sistema de saúde do Rio Grande do Sul.
Só que não se pode esquecer nem negligenciar aquele que é o setor que carrega o Estado (em âmbitos federal, estadual e municipal): o privado. Tanto Leite quanto Pozzobom conduziram, até aqui, da melhor forma: com embasamento técnico (respaldado por assessoramento de profissionais da saúde) sem deixar de ouvir todos os setores direta e indiretamente afetados.
A tendência é que, nesta sexta-feira, o prefeito anuncie como ocorrerá a reabertura do comércio de rua e dos shoppings. Desde quarta-feira, ele vem se reunindo e tratando do tema com o secretariado e com os médicos que têm sido o norte para tomar as decisões mais acertadas.
NOVOS HÁBITOS
Porém, mais do que nunca, em o comércio reabrindo a partir de amanhã, deve prevalecer o entendimento que nada será como antes. Hábitos precisarão ser revistos e, acima de tudo, todos nós precisaremos estar atentos e vigilantes a um novo horizonte - que será longo e de muita precaução e de cuidados.
Então, mais do que nunca, o exercício, a partir de agora, exigirá de todos nós a combinação, nada fácil, de empatia, paciência, ponderação e, igualmente importante, uma dose de civismo. Tudo (ônus e bônus) terá de ser dividido e partilhado por todos. Não cabe mais dizer, como fora no passado, que tudo deve ser resolvido pelo poder público.
Práticas do passado já não serão mais possíveis. E pode ser que, logo ali à frente, em caso de um recrudescimento no número de casos, novas (e mais severas) medidas tenham de ser adotadas.